Você já ouviu falar da devastadora e histórica Grande Seca de 1877? Foi a maior sequência de seca jamais registrada no Ceará. Uma tragédia que mudou para sempre a paisagem de Fortaleza e que afetou profundamente a região na época. Esta é uma história de luta pela sobrevivência que o nosso Estado jamais esquecerá. Descubra como os cearenses superaram essa tragédia e venceram este desafio. Venha conhecer essa história incrível de triunfo e resistência.
Consequências de Eventos Históricos na Região Nordeste do Brasil
Uma tabela resumindo datas e eventos:
Evento | Data | Consequências |
---|---|---|
Grande Seca | 1877-1879 | Morte de quase 60 mil pessoas |
Expulsão de 100 mil sertanejos | 1877-1879 | Vida em condições sub-humanas |
Epidemia de varíola | 10 de dezembro de 1878 | Morte de 1004 pessoas |
Uma tragédia que mudou a região e marcou na história.
O Desastre da Grande Seca de 1877
O ano de 1877 foi marcado por uma tragédia humanitária na cidade de Fortaleza, situada no estado do Ceará. A cidade foi atingida pela uma das maiores estiagens da história, que levou quase metade da população à morte.
Naquela época, Fortaleza possuía cerca de 120 mil habitantes, sendo que quase 60 mil morreram devido à fome e às doenças relacionadas a ela.
O Desastre da Grande Seca
A seca durou dois anos, entre 1877 e 1879, secando os reservatórios de água da cidade e causando graves efeitos sanitários para a população. Como consequência, mais de 100 mil sertanejos foram expulsos para a Capital, que até então tinha cerca de 30 mil habitantes. A maior parte destes retirantes ficou em abarracamentos nos subúrbios, vivendo em condições sub-humanas.
Esta situação fez com que uma violenta epidemia de varíola se espalhasse pela cidade. No ano de 1878, 10 de dezembro ficou marcado como o “dia dos mil mortos”, pois foram 1004 pessoas as que perderam suas vidas por conta da doença.
Os cadáveres eram empilhados sem qualquer medida de precaução e transportados em carroças por coveiros embriagados. Estes usavam a bebida alcoólica como forma de evitar o mal-estar causado pelo terrível odor que emanava dos corpos. Muitas vezes, os mortos ficavam insepultos por não haver tempo nem lugar para enterrá-los.
Pesquisa sobre Fortaleza
Para contar um pouco mais sobre esta tragédia humanitária, Fátima Garcia, pesquisadora e blogueira, começou a adquirir livros sobre Fortaleza em 2005 para realizar sua dissertação de mestrado na Universidade Federal do Ceará (UFC). Ela possui um acervo com 120 títulos sobre a Capital cearense e alimenta um site que mostra detalhes desconhecidos por muitos sobre Fortaleza.