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O Desastre da Grande Seca de 1877: A Tragédia de Fortaleza CE que Mudou o Mundo

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O Desastre da Grande Seca de 1877 A Tragédia de Fortaleza CE que Mudou o Mundo
Criança Morta, 1944, por Cândido Portinari - Fonte/Reprodução: Wikipédia.

Você já ouviu falar da devastadora e histórica Grande Seca de 1877? Foi a maior sequência de seca jamais registrada no Ceará. Uma tragédia que mudou para sempre a paisagem de Fortaleza e que afetou profundamente a região na época. Esta é uma história de luta pela sobrevivência que o nosso Estado jamais esquecerá. Descubra como os cearenses superaram essa tragédia e venceram este desafio. Venha conhecer essa história incrível de triunfo e resistência.

Consequências de Eventos Históricos na Região Nordeste do Brasil

Uma tabela resumindo datas e eventos:

EventoDataConsequências
Grande Seca1877-1879Morte de quase 60 mil pessoas
Expulsão de 100 mil sertanejos1877-1879Vida em condições sub-humanas
Epidemia de varíola10 de dezembro de 1878Morte de 1004 pessoas

Uma tragédia que mudou a região e marcou na história.

O Desastre da Grande Seca de 1877

O ano de 1877 foi marcado por uma tragédia humanitária na cidade de Fortaleza, situada no estado do Ceará. A cidade foi atingida pela uma das maiores estiagens da história, que levou quase metade da população à morte.

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Crianças durante a seca, 1878 – Fonte/Reprodução: Wikipédia.

Naquela época, Fortaleza possuía cerca de 120 mil habitantes, sendo que quase 60 mil morreram devido à fome e às doenças relacionadas a ela.

O Desastre da Grande Seca

A seca durou dois anos, entre 1877 e 1879, secando os reservatórios de água da cidade e causando graves efeitos sanitários para a população. Como consequência, mais de 100 mil sertanejos foram expulsos para a Capital, que até então tinha cerca de 30 mil habitantes. A maior parte destes retirantes ficou em abarracamentos nos subúrbios, vivendo em condições sub-humanas.

Esta situação fez com que uma violenta epidemia de varíola se espalhasse pela cidade. No ano de 1878, 10 de dezembro ficou marcado como o “dia dos mil mortos”, pois foram 1004 pessoas as que perderam suas vidas por conta da doença.

Os cadáveres eram empilhados sem qualquer medida de precaução e transportados em carroças por coveiros embriagados. Estes usavam a bebida alcoólica como forma de evitar o mal-estar causado pelo terrível odor que emanava dos corpos. Muitas vezes, os mortos ficavam insepultos por não haver tempo nem lugar para enterrá-los.

Pesquisa sobre Fortaleza

Para contar um pouco mais sobre esta tragédia humanitária, Fátima Garcia, pesquisadora e blogueira, começou a adquirir livros sobre Fortaleza em 2005 para realizar sua dissertação de mestrado na Universidade Federal do Ceará (UFC). Ela possui um acervo com 120 títulos sobre a Capital cearense e alimenta um site que mostra detalhes desconhecidos por muitos sobre Fortaleza.